quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A População Portuguesa - Quantos somos?

Há sensivelmente dois anos, habitavam em Portugal 7.715 cidadãos. 1.738 no Condado do Porto, 2.700 no Condado de Coimbra e 3.277 no Condado de Lisboa. A média de população por cidade era de 367 habitantes. As cinco cidades com maior população eram Aveiro, com 440 habitantes, Viseu, com 432 habitantes, Alcobaça, com 416 habitantes, Leiria, com 415 habitantes, e Alcácer do Sal, com 412 habitantes.

E hoje? Quantos somos? Hoje somos 1.968 Portugueses. 295 no Condado do Porto, 687 no Condado de Coimbra e 990 no Condado de Lisboa. A média de população por cidade é de 103 habitantes. As cinco cidades com maior população são Porto, com 151 habitantes, Santarém, com 150 habitantes, Aveiro, com 149 habitantes, Évora, com 146 habitantes, e Setúbal, com 134 habitantes.

Em dois anos, Portugal perdeu 5.747 habitantes (-74%). O Condado do Porto perdeu 1.443 habitantes (-83%), o Condado de Coimbra perdeu 2.017 habitantes (-75%) e o Condado de Lisboa perdeu 2.287 (-70%).

Dos 1.968 habitantes que residem em Portugal, 1.217 (62%) estão activos, 539 (27%) estão em Retiro e 212 (11%) estão Mortos.

Dos 1.217 Portugueses activos, 114 (9%) são níveis 0, 13 (1%) são vagabundos, 467 (38%) são níveis 1, 323 (27%) são níveis 2, 270 (22%) são níveis 3 e 30 (3%) são níveis 4. Os habitantes de nível 2 ou superior representam 52% da população. Uma população envelhecida...

Esta é uma das várias consequências de uma mentoragem de pouca qualidade e da falta de integração dos mais novos na nossa sociedade. Nascem, não se interessam, morrem. É um ciclo desastroso. Não o soubemos interromper e isso levou-nos a esta situação.

Já são poucos os que nascem sequer, a natalidade está em valores quase nulos. As cidades com maior população não têm uma natalidade melhor que a das outras, apenas têm um saldo migratório muito melhor que o das outras. A natalidade está tão em baixo que a migração já começa a ganhar cada vez mais expressão, possui hoje um peso muito superior ao que possuía há uns 2 anos atrás.

Outro aspecto que vale a pena referir - as Tavernas. Houve um enorme êxodo das Tavernas nos últimos 3 anos. As pessoas deixaram de frequenta-las e passaram a concentrar-se mais no fórum. Foi assim durante muito tempo, até há poucos meses quando parece que as pessoas começaram a voltar às Tavernas, em grande parte por causa da enorme campanha que se tem feito de Cidade para Cidade. Há outras Cidades onde, infelizmente, não se notam grandes alterações. Há tavernas que chegam a ter mais visitantes do que residentes, já presenciei vários momentos desse género.

Compete a cada um de nós fazer a diferença. E um pequeno gesto como dispensar uns momentos por dia para estar na Taverna ajuda imenso.

Já que não conseguimos aumentar a natalidade, podemos ao menos tentar travar a mortalidade.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As Minas de Coimbra - Parte II

Os custos de um Upgrade correspondem a: 4 x Manutenção Diária com Mina cheia. São particularmente caros. No entanto, existe uma pequena vantagem - o Upgrade vem acompanhado com 2 dias de manutenção gratuita, o que significa que, durante o dia em que é dada a ordem do Upgrade e na véspera, a única despesa, para além do Upgrade, é com salários dos mineiros. Como tal, é possível ainda conseguir algum lucro extra e tentar reduzir o peso dos Upgrades sobre as finanças do Condado.

Irei então expor os custos de cada Upgrade, individualmente, e uma estimativa dos valores amortizados, ou seja, o verdadeiro gasto contabilizando a produção e a isenção de manutenção nesses dias, com Minas cheias e com a ocupação média (mesma semana em análise - 24 a 30 de Julho), com um salário de 15 cruzados.

Upgrades na Mina 1:

Nível 5 - 285 quintais de pedra e 213 kg de ferro (8.037 cruzados)
Valor Amortizado (38) - 6.791,74 cruzados
Valor Amortizado (75) - 5.579,25 cruzados

Nível 6 - 291 quintais de pedra e 213 kg de ferro (8.121 cruzados)
Valor Amortizado (38) - 6.855,60 cruzados
Valor Amortizado (75) - 5.623,50 cruzados

Nível 7 - 291 quintais de pedra e 216 kg de ferro (8.178 cruzados)
Valor Amortizado (38) - 6.892,46 cruzados
Valor Amortizado (75) - 5.640,75 cruzados

Nível 8 - 294 quintais de pedra e 219 kg de ferro (8.277 cruzados)
Valor Amortizado (38) - 6.971,70 cruzados
Valor Amortizado (75) - 5.700,75 cruzados

Nível 9 - 297 quintais de pedra e 222 kg de ferro (8.376 cruzados)
Valor Amortizado (38) - 7.050,56 cruzados
Valor Amortizado (75) - 5.760,00 cruzados

Nível 10 - 300 quintais de pedra e 225 kg de ferro (8.475 cruzados)
Valor Amortizado (38) - 7.129,80 cruzados
Valor Amortizado (75) - 5.820,00 cruzados

Custo total - 49.464,00 cruzados
Valor Total Amortizado (38) - 41.691,90 cruzados (poupa 7.772,10 cruzados)
Valor Total Amortizado (75) - 34.124,30 cruzados (poupa 15.339,70 cruzados)

Upgrades na Mina 2:

Nível 9 - 120 quintais de pedra e 90 kg de ferro (3.390 cruzados)
Valor Amortizado (15) - 3.216 cruzados
Valor Amortizado (75) - 2.463 cruzados

Nível 10 - 135 quintais de pedra e 99 kg de ferro (3.771 cruzados)
Valor Amortizado (15) - 3.578 cruzados
Valor Amortizado (75) - 2.730 cruzados

Custo total - 7.161 cruzados
Valor Total Amortizado (15) - 6.794 cruzados (poupa 367 cruzados)
Valor Total Amortizado (75) - 5.193 cruzados (poupa 1.968 cruzados)

Upgrades na Mina 3:

Nível 6 - 52 quintais de pedra e 34 kg de ferro (1.374 cruzados)
Valor Amortizado (10) - 1.314 cruzados
Valor Amortizado (50) - 1.018 cruzados

Nível 7 - 58 quintais de pedra e 40 kg de ferro (1.572 cruzados)
Valor Amortizado (10) - 1.498 cruzados
Valor Amortizado (50) - 1.146 cruzados

Nível 8 - 80 quintais de pedra e 54 kg de ferro (2.146 cruzados)
Valor Amortizado (10) - 2.058 cruzados
Valor Amortizado (50) - 1.650 cruzados

Nível 9 - 80 quintais de pedra e 54 kg de ferro (2.146 cruzados)
Valor Amortizado (10) - 2.044 cruzados
Valor Amortizado (50) - 1.580 cruzados

Nível 10 - 80 quintais de pedra e 54 kg de ferro (2.146 cruzados)
Valor Amortizado (10) - 2.016 cruzados
Valor Amortizado (50) - 1.496 cruzados

Nível 11 - 80 quintais de pedra e 54 kg de ferro (2.146 cruzados)
Valor Amortizado (10) - 2.002 cruzados
Valor Amortizado (50) - 1.426 cruzados

Custo total - 11.530 cruzados
Valor Total Amortizado (10) - 10.932 cruzados (poupa 598 cruzados)
Valor Total Amortizado (50) - 8.316 cruzados (poupa 3.214 cruzados)

Upgrades na Mina 4:

Nível 9 - 120 quintais de pedra e 90 kg de ferro (3.390 cruzados)
Valor Amortizado (21) - 3.135 cruzados
Valor Amortizado (75) - 2.463 cruzados

Nível 10 - 135 quintais de pedra e 99 kg de ferro (3.771 cruzados)
Valor Amortizado (21) - 3.497 cruzados
Valor Amortizado (75) - 2.730 cruzados

Custo total - 7.161 cruzados
Valor Total Amortizado (21) - 6.632 cruzados (poupa 529 cruzados)
Valor Total Amortizado (75) - 5.193 cruzados (poupa 1.968 cruzados)

Upgrades na Mina 5:

Nível 8 - 240 quintais de pedra e 162 kg de ferro (6.438 cruzados)
Valor Amortizado (33) - 6.107 cruzados
Valor Amortizado (75) - 5.687 cruzados
Valor Amortizado (150) - 4.936 cruzados

Nível 9 - 240 quintais de pedra e 162 kg de ferro (6.438 cruzados)
Valor Amortizado (33) - 6.065 cruzados
Valor Amortizado (75) - 5.589 cruzados
Valor Amortizado (150) - 4.726 cruzados

Nível 10 - 240 quintais de pedra e 162 kg de ferro (6.438 cruzados)
Valor Amortizado (33) - 6.009 cruzados
Valor Amortizado (75) - 5.463 cruzados
Valor Amortizado (150) - 4.488 cruzados

Nível 11 - 240 quintais de pedra e 162 kg de ferro (6.438 cruzados)
Valor Amortizado (33) - 5.967 cruzados
Valor Amortizado (75) - 5.365 cruzados
Valor Amortizado (150) - 4.278 cruzados

Custo total - 25.752 cruzados
Valor Total Amortizado (33) - 24.148 cruzados (poupa 1.604 cruzados)
Valor Total Amortizado (75) - 22.104 cruzados (poupa 3.648 cruzados)
Valor Total Amortizado (150) - 18.428 cruzados (poupa 7.324 cruzados)

Operação Global:

Custo total - 101.068 cruzados
Valor Total Amortizado (ocupação média) - 90.197,90 cruzados (poupa 10.870,10 cruzados)
Valor Total Amortizado (ocupação máxima*) - 74.930,30 cruzados (poupa 26.137,70 cruzados)
Valor Total Amortizado (ocupação máxima**) - 71.254,30 cruzados (poupa 29.813,70 cruzados)

*Mina 5 contabilizada a 75 mineiros
**Mina 5 contabilizada a 150 mineiros

E é chegada a questão mais esperada do dia: O que fazer?
Com tanto para fazer, torna-se imperativo definir prioridades e avaliar minuciosamente as circunstâncias em que se vai trabalhar.

Comecemos pelo início. A Mina de Ouro deverá ser deixada para último lugar por dois motivos: primeiro, porque é a mais cara e, portanto, exige mais minérios para os Upgrades; segundo, porque à medida que se vão fazendo mais Upgrades, as próprias manutenções desta Mina vão ficando cada vez mais caras e serão necessários cada vez mais minérios - efeito "bola de neve". Ao se efectuar Upgrades na Mina de Ouro, a recuperação das outras Minas torna-se cada vez mais lenta, tornando-se assim contra-produtivo. O facto de ela estar no Nível 4, que é precisamente o Nível acima do Nível onde seria literalmente considerada "lixo", pode causar algum receio. No entanto, relembro, até ao final do ano todas as Minas em estado Bom não são susceptíveis de descerem de nível, pelo que não haverão quaisquer problemas desde que sejam efectuadas as manutenções todas.

Convém que a população esteja mentalizada que, durante o período de recuperação das Minas, vão ser criadas condições propícias para uma queda acentuada do Tesouro: a produção de ouro pode ficar ainda mais baixa do que ao que já está; a afluência das Minas vai aumentar, pelo que o Condado terá de pagar mais salários. Os únicos Upgrades que não afectam o Tesouro negativamente são precisamente os Upgrades na Mina de Ouro. Pode ainda ser adoptada a estratégia de encerramento da Mina de Ouro para aumentar os stocks de minérios mais rapidamente, que irá reforçar os efeitos recessivos das finanças. No entanto, há que ter também em conta que, se as Minas não recuperarem, o Tesouro vai descer na mesma e vai atingir níveis inimagináveis e nessa altura será muito complicado levar a cabo qualquer recuperação. O Tesouro vai descer até as Minas recuperarem. A partir daí, a história é outra.

Estando a Mina de Ouro fora, restam as Minas 2, 3, 4 e 5. Analisando a situação, temos por um lado as Minas 2 e 3 que são as que geram mais prejuízo, tornando desejável a sua recuperação para níveis "mínimos", no entanto, por outro lado, o facto de serem Minas com a menor afluência de todas as outras, dá que pensar. Por oposição, temos as Minas 4 e 5 com uma afluência bastante razoável e que não geram grande prejuízo, sendo a sua optimização particularmente mais fácil. Face a este panorama, há que optar entre tentar reduzir o prejuízo, ou tentar aumentar os lucros. Nesta questão, o factor determinante é a afluência das Minas e há que fazer juz a um princípio básico: Em Minas que dão prejuízo, quanto menos mineiros, melhor. Em Minas que dão lucro, quanto mais mineiros, melhor. Enquanto as Minas 2 e 3 mantiverem níveis de afluência reduzidos, os prejuízos são suportáveis, e podem até ser inteiramente cobertos pelos lucros que poderão ser obtidos pelas Minas 4 e 5, aproveitando a afluência razoável que têm conseguido nos últimos tempos.

Nestas condições, seriam recomendáveis 3 Upgrades na Pedreira de Leiria e Alcobaça (Mina 5), elevando-a para o Nível 10. Teria um custo de 720 quintais de pedra e 486 kg de ferro. Se não estou em erro, estes valores estão dentro das possibilidades do Condado e estou também ciente que Coimbra está bastante confortável a nível de ferro. Se o Conselho conseguir mobilizar cerca de 70 mineiros para a Pedreira, seria possível conseguir uma produção de 748 quintais de pedra, que anularia os efeitos dos Upgrades sobre o stock de pedra, mantendo os stocks estáveis. Uma mega mobilização do género do que foi projectado para a "Caravana da Mina de Ouro" e eventualmente o encerramento temporário da Mina de Ferro entre Leiria e Coimbra (Mina 4) durante os dias dos Upgrades, são ideias a ponderar..

Depois destes 3 Upgrades na Mina 5, seria interessante que fossem ainda ponderados 2 Upgrades na Mina 4, conseguindo assim a sua optimização. Teriam o custo de 255 quintais de pedra e 189 kg de ferro. Por esta altura, os stocks do Condado devem rondar os 700 quintais de pedra e 500 kg de ferro, pelo que também me parece estar dentro das possibilidades do Condado. Se o Conselho conseguir pelo menos 60 mineiros, conseguirá uma produção de 334 kg de ferro, superando assim os gastos no Upgrade. Depois disto, os stocks do Condado devem rondar os 400 quintais de pedra e os 600 kg de ferro - valores razoáveis.

Estes 5 Upgrades deverão ocupar boa parte do mandato do actual Conselho e não sei se haverá capacidade e tempo para executar mais, no entanto o Conselho seguinte deverá dar continuidade ao trabalho e já terá um cenário mais sorridente. Em relação à Mina de Ouro, desaconselho qualquer tipo de campanha que promova a afluência na mesma. É a que dá mais lucro, sim, mas é a que consome mais minérios. Já o Tesouro, não me admirava que no final deste mandato se encontrasse perto dos -150 mil. Ele vai chegar a esse patamar mais cedo ou mais tarde. A recuperação das Minas, como já disse, aceleram esse processo, no entanto também aceleram o fim desse processo e o início de uma nova etapa. Creio que todos concordarão que é preferível ter um Tesouro nos -150 mil a caminhar para o positivo do que um Tesouro nos -150 mil a caminho dos -200 mil. Há que definir as prioridades.

Se tudo correr bem, é possível chegarmos até ao final do ano com as Minas de Ferro e as Pedreiras todas optimizadas e sem que o Tesouro tenha ultrapassado os -200 mil cruzados. Recordo que o trunfo aqui é deixar a Mina de Ouro para último, iniciando-se assim o início da recuperação do Tesouro com as outras Minas a trabalhar a 100%, garantindo a produção de minérios mais eficaz e produtiva, de forma a manter um ritmo saudável de Upgrades na Mina de Ouro, acompanhado de uma recuperação progressiva do Tesouro.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

As Minas de Coimbra - Parte I

Chegou agora o momento da verdade para as ilustres Minas de Coimbra.

Na semana passada, entre os dias 24 e 30 de Julho, Coimbra lucrou 473,75 cruzados, uma média diária de 70 cruzados. Quanto lucraria com as Minas optimizadas? Nada mais, nada menos, do que 2.776,40 cruzados, uma média diária de 400 cruzados! Por dia, Coimbra não ganha 330 cruzados que poderia ganhar com as Minas optimizadas.

Creio que nesta altura a maioria se está a interrogar sobre a sustentabilidade financeira de Coimbra. Bom, não é um caso semelhante ao de Lisboa, que as Minas sozinhas cobrem as despesas automáticas todas. Em termos de despesas automáticas, Coimbra gasta os mesmos 400 (valor máximo) cruzados que Lisboa em refeições e gasta ainda 350 cruzados em corrupção e esbanjamento, menos 100 cruzados que Lisboa, tendo em conta que o cálculo é feito de 50 cruzados por povoação. O factor que explica esta diferença é precisamente o número de mineiros que é directamente influenciado pela população. Lisboa tem mais 300 habitantes do que Coimbra. Coimbra tem, em média, 120 mineiros por dia. Já Lisboa tem, em média, 180 mineiros por dia. É, sem sombra de dúvida, uma diferença colossal.

No entanto, e apesar da diferença de mineiros, Coimbra dispõe de um "desconto" de 100 cruzados na despesa de corrupção de esbanjamento, por ter menos 2 povoações que Lisboa, e ainda poderia cortar mais nessa despesa com o encerramento de cidades (no mínimo, 50 cruzados). Uma outra opção a ter em conta é precisamente a redução da despesa com banquetes: a compra de alimentos baratos pode permitir uma redução dessa despesa de até 100 cruzados. Feitas as contas, as Minas, com os mineiros que há, poderiam cobrir 60% da despesa. Os restantes 40% teriam de ser cobertos com lucros da venda de animais e outras fontes de rendimento a critério da criatividade dos eleitos. Claro que um aumento do número de mineiros permitiria um aumento dos lucros das Minas.

Estas inevitáveis comparações entre Coimbra e Lisboa remetem-nos para uma outra questão: Quantos Condados somos capazes de sustentar? Será um tema a analisar no futuro.

Passemos agora ao momento mais esperado: Quanto custaria o processo de optimização das Minas? No total, custaria 101.068,00 cruzados. Um total de 3.658 quintais de pedra e 2.624 kg de ferro para efectuar 20 Upgrades.

Mina 1, de Ouro, entre Aveiro e Viseu (nível 4). Foi a Mina com maior afluência durante o período em análise, com 271 mineiros. Possui uma média diária de 38 mineiros. Esta Mina produziu 12.804,75 cruzados, uma média diária de 1.829,25 cruzados, e gastou 258 quintais de pedra e 220 kg de ferro em manutenções, uma média diária de 37 quintais de pedra e 31 kg de ferro. Contabilizando a produção e a despesa, Coimbra ganhou 947,75 cruzados com esta Mina, uma média diária de 135 cruzados. Os custos de optimização desta Mina ascendem os 49.464,00 cruzados, sendo necessários 1.758 quintais de pedra e 1.308 kg de ferro para executar um total de 6 Upgrades.

Mina 2, de Ferro, entre Lamego e Viseu (nível 8). Foi a segunda Mina com menor afluência durante o período em análise, com 107 mineiros. Possui uma média diária de 15 mineiros. Esta Mina produziu 143 kg de ferro, uma média diária de 20 kg de ferro, e gastou 43 quintais de pedra e 34 kg de ferro em manutenções, uma média diária de 6 quintais de pedra e 5 kg de ferro. Contabilizando a produção e a despesa, Coimbra perdeu 136 cruzados com esta Mina, uma média diária de -19 cruzados. Os custos de optimização desta Mina ascendem os 7.161,00 cruzados, sendo necessários 255 quintais de pedra e 189 kg de ferro para executar um total de 2 Upgrades.

Mina 3, Pedreira, junto à Guarda (nível 5). Foi a Mina com menor afluência durante o período em análise, com 71 mineiros. Possui uma média diária de 10 mineiros. Esta Mina produziu 101 quintais de pedra, uma média diária de 14 quintais de pedra, e gastou 20 quintais de pedra e 16 kg de ferro em manutenções, uma média diária de 3 quintais de pedra e 2 kg de ferro. Contabilizando a produção e a despesa, Coimbra perdeu 235 cruzados com esta Mina, uma média diária de -34 cruzados. Os custos de optimização desta Mina ascendem os 11.530,00 cruzados, sendo necessários 430 quintais de pedra e 290 kg de ferro para executar um total de 6 Upgrades.

Mina 4, de Ferro, entre Coimbra e Leiria (nível 8). Foi a terceira Mina com maior afluência durante o período em análise, com 151 mineiros. Possui uma média diária de 21 mineiros. Esta Mina produziu 202 kg de ferro, uma média diária de 29 kg de ferro, e gastou 58 quintais de pedra e 45 kg de ferro em manutenções, uma média diária de 8 quintais de pedra e 6 kg de ferro. Contabilizando a produção e a despesa, Coimbra perdeu 94 cruzados com esta Mina, uma média diária de -13 cruzados. Os custos de optimização desta Mina ascendem os 7.161,00 cruzados, sendo necessários 255 quintais de pedra e 189 kg de ferro para executar um total de 2 Upgrades.

Mina 5, Pedreira, entre Leiria e Alcobaça (nível 7). Foi a segunda Mina com maior afluência durante o período em análise, com 235 mineiros. Possui uma média diária de 33 mineiros. Esta Mina produziu 391 quintais de pedra, uma média diária de 56 quintais de pedra, e gastou 72 quintais de pedra e 50 kg de ferro em manutenções, uma média diária de 10 quintais de pedra e 7 kg de ferro. Contabilizando a produção e a despesa, Coimbra perdeu 9 cruzados com esta Mina, uma média diária de -1 cruzado. Os custos de optimização desta Mina ascendem os 25.752,00 cruzados, sendo necessários 960 quintais de pedra e 648 kg de ferro para executar um total de 4 Upgrades.

Em suma, apenas a Mina 1 dá lucro, as restantes dão prejuízo, com excepção da Mina 5 cujo prejuízo é praticamente nulo. A recuperação em si é um trabalho que irá levar algum tempo até estar concluído, com a participação de vários Conselhos. Lisboa está mal, mas Coimbra não está muito melhor.

A análise continua.

sábado, 30 de julho de 2011

Os assuntos incómodos são para evitar... ou não!

Queria ver se encerrava o assunto "Minas de Lisboa" de vez.

Algumas pessoas ficaram ofendidas com a minha publicação e disseram (e ainda dizem) que eu não tenho nada que me "intrometer" nos assuntos de Lisboa. Bom, meus senhores, se o problema é esse, fechem os olhos e imaginem que eu sou outra pessoa qualquer, porque as palavras, essas, continuam a ser exactamente as mesmas.

Há uns tempos, numa das muitas (e famosas) peixeradas em que participei, esta foi n'As Cortes se a memória não me falha, muitos me criticaram por eu ter alegadamente tratado pessoas de outros Condados como "estrangeiros". Seria muita coincidência se algumas dessas pessoas fossem as tais que andam por aí a dizer que eu, sendo de Coimbra, não tenho nada a ver com o que se passa em Lisboa? Ironia do destino...

Seria interessante que o que aconteceu relativamente a este assunto pudesse ser alvo de reflexão e, quem sabe, se aprendesse algo para que, no futuro, situações desta natureza possam ser evitadas.

Adiante. Outra questão que convém ficar bem assente. O que se passou em Lisboa não é caso para ficar impávido e sereno, mas também não é o fim do mundo. Não é o fim do mundo por um motivo muito simples: tem solução. Se não tivesse solução, aí sim, seria o fim do mundo. Portanto, quem está a dramatizar em excesso, abra os olhos para a realidade. E quem acha que não se passa nada e está tudo bem, abra os olhos também.

Lisboa tinha uma boa sustentabilidade financeira. Em termos de gastos automáticos, tem os 450 cruzados que se evaporavam diariamente com a mecânica da corrupção e esbanjamento, e tem os 400 cruzados (máximo) que podem eventualmente evaporar diariamente com a mecânica dos banquetes. Somando isso, dá 850 cruzados. Ora, meus senhores, só com as Minas, Lisboa angariava uma média de 900 cruzados diários. E há ainda que contabilizar os lucros da venda de animais e dos impostos. Portanto, decididamente, Lisboa estava num óptimo caminho. Como tal, ver os lucros das Minas descer de 900 cruzados para 150 cruzados, sim é preocupante, e requer medidas de recuperação, mas não é o fim do mundo. Tão simples quanto isso.

Não sei se já há um plano de recuperação traçado, mas de qualquer das formas não deverá ser algo que se afaste muito do que eu aqui vou dizer. Neste momento, pode-se dizer que a recuperação está dividida em duas fases: uma inicial para reduzir os prejuízos gerados pelas Minas em níveis mais baixos e uma secundária para, uma vez tendo as Minas em níveis mínimos que não gerem prejuízo, aumentar uma a uma de forma a aumentar os lucros.

As Minas 1 (Ferro - Lisboa e Santarém) e 6 (Pedra - Montemor e Évora) encontram-se nessa situação (geram prejuízo), pelo que presumo que será essa a estratégia que será seguida. No caso da Mina 1, deverá chegar ao nível 8 para deixar de gerar prejuízo, e no caso da Mina 6, basta o nível 6. A partir daí, é armazenar minérios e continuar com os Upgrades nas diferentes Minas e deixar as de Ouro para último por serem as mais caras e porque, ao aumentar as outras, está-se também a aumentar a produção de minérios. Uma das estratégias que poderá ser usada para acumular minérios rapidamente será o encerramento das Minas de Ouro, que são as mais caras em termos de manutenção e consumo de minérios. Efeito inevitável: Queda abrupta do Tesouro.

Mais logo falarei sobre as Minas de Coimbra, para os Lisboetas não se sentirem privilegiados por terem conseguido captar a minha atenção durante os últimos 3 dias! hihihi

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Entrevistas Fictícias... O Credível... O que seria de nós sem eles?

Foi anteontem que um dos dois maiores e mais prestigiados espaços de ... e também de ... e especialmente de ... sem esquecer um pouco de ... e particularmente a ... que fica sempre muito ... com ... de forma que ... deste Reino à beira-mar voltou ao activo.

Entrevistas Fictícias de seu nome, os especialistas afirmaram ser uma excelente forma de combater a solidão e tem sido inclusive recomendado em várias clínicas de reabilitação. Não há nada melhor que imaginar conversas com personalidade e ter o poder de controlar o que eles dizem. Há ainda alguns especialistas que aparentemente são menos especialistas que os outros especialistas porque tiveram a descabida ideia de vir dizer que essa prática apenas desenvolve certos transtornos obsessivo-compulsivos. Vejam só os disparates que certos profissionais de saúde de quinta categoria inventam hoje em dia!

O outro espaço já aqui referido como um dos dois maiores e mais prestigiados espaços de ... e também de ... e especialmente de ... sem esquecer um pouco de ... e particularmente a ... que fica sempre muito ... com ... de forma que ... deste Reino à beira-mar é o indubitável Credível que, por motivos ainda hoje desconhecidos, está já há 8 meses mergulhado num sono profundo que apenas pode ser quebrado com um beijo apaixonado de um príncipe encantado. Desde então que se tem procurado interessados, mas sem grande sucesso. Uma fonte, recentemente internada num hospital psiquiátrico, que é 100% fiável revela que, se para a semana não tiverem conseguido um candidato, a organização planeia tentar a sua sorte com invisuais, na expectativa de que não tenham noção do que estão a fazer.

Em solidariedade com a situação bastante hilariante d'O Credível, as instalações já pouco confiáveis das Entrevistas Fictícias vão, a partir de amanhã, ser usadas para realizar castings a anfíbios de quatro patas e pele nojenta em tons de verde, atribuindo uma recompensa de uma entrevista fictícia completamente gratuita, sem se cobrar qualquer presente ou avultado valor monetário de origem questionável, ao anfíbio que, ao ser beijado, se transforme num príncipe encantado.

Em reacção a esta notícia, a Associação Anti-Badalhoquice apresentou um manifesto no Castelo Real para que As Cortes aprove uma nova Lei que proíba as acções que contribuam, directa ou indirectamente, para o retorno d'O Credível ao activo, por considerarem que aquele espaço noticioso não cumpre as normas básicas de saneamento e higiene, havendo inclusive registo de vários sujeitos que trabalhavam na dita agência noticiosa e que acabaram internados em centros clínicos por overdose de promiscuidade.

Este Artigo esteve para ser chumbado pelas 26 entidades reguladoras para a comunicação social, no entanto foi aprovado por unanimidade quando revelámos que todas as informações contidas nesta peça foram fornecidas por um sujeito com dois dentes e meio e com uma formidável tatuagem de uma banana na bochecha direita.

[Comentário do autor: Hoje não me apetecia escrever sobre nada, portanto escrevi sobre isto - não se preocupem, foi uma vez sem exemplo]

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Ser ou não ser.. Dizer ou não dizer.. Fazer ou não fazer.. Eis as questões!

Há 3 anos, para quem se lembra, havia dois grandes partidos políticos em Portugal. O Partido Liberal e o Movimento dos Cidadãos. Estavam sediados nos três Condados e estavam constantemente a lutar por poder, no bom sentido claro. Era uma luta saudável, por um motivo muito específico: Eles consideravam que a única forma de chegarem ao poder e manterem-se lá era fazendo um bom trabalho. Havia uma forte competição para tentar "conquistar" Casas do Povo, havia uma forte dedicação na procura e na instrução de militantes. Havia uma enorme entreajuda entre as pessoas e quem ia para o poder estava bem preparado pelos seus "compadres". Era sempre quase certo haver, no mínimo, 2 candidatos a Prefeito. Haviam verdadeiras disputas, verdadeiros debates, verdadeiras trocas de ideias, verdadeira política.

Pouco tempo depois, os partidos foram perdendo força. Surgiu um novo movimento anti-partidos que vinha impor a nova "moda", a moda dos independentes. Era uma coisa linda na altura. Os poucos partidos que ainda existiam, ficaram completamente extintos, eram vistos como se fossem o diabo em pessoa. Aí começaram os problemas. Não havendo uma estrutura efectiva e organizada, as listas e os candidatos passaram a ser escolhidos consoante as amizades. Perdeu-se aquela filosofia de trabalhar bem como forma de chegar ao poder, as eleições passaram a ser feitas por afinidades. Aos poucos os debates foram deixando de existir, já não interessavam, apenas o nome dos candidatos passou a ser critério. Aos poucos, pouco interessava saber o que os candidatos pensavam ou quais as propostas que tinham. Aos poucos, tudo passou a resumir-se ao "ter um amigo no poder". Aos poucos, e na ausência de partidos, as pessoas começaram a agarrar-se ao que havia neste Reino de mais semelhante: as famílias.

Não posso dizer com toda a franqueza que hoje em dia a disputa pelo poder é feita exclusivamente por famílias - não é -, mas para lá caminhamos. No entanto, e enquanto não há estruturas familiares do nosso Reino suficientemente desenvolvidas para se permitir tal coisa, vai-se agarrando nos amigos e pegando no rótulo "independentes" para disfarçar. Mas posso dizer, com total confiança, que cada vez mais se usam os apelidos familiares como forma de distinção da "cor política".

No meu caso específico, posso dizer que se há coisa que eu não sou, é eleito por afinidades. Eu, que estou na lista negra de meio Reino e na lista de pessoas indesejáveis de meio Mundo. Vá, meio Mundo não... hihihi Eu tenho uma particularidade que me torna diferente dos outros. Sou mauzão em público (quando me dirijo a pessoas com quem me dou menos bem) e guardo o bonzinho para o privado (onde 99% das coisas acontecem). Portanto, aquilo que quem não me conhece vê, e já tiveram grandes surpresas quando me conheceram pessoalmente, é um Nortadas arrogante, muito pouco cortês e nada simpático. E tudo isso me concede a credibilidade suficiente para afirmar com toda a convicção que as pessoas não votam em mim por eu ser simpático, ter um sorriso bonito, ou fazer bolinhos para os mais desfavorecidos! As pessoas votam em mim pelo meu trabalho apenas. Votam em mim porque conhecem o meu trabalho e sabem com o que podem contar. Nada mais. Sou a excepção à regra das eleições por afinidades! E isso deixa muita gente furiosa, sublinhe-se. Já se perguntaram por que raio eu estou "em todo o lado", ou porque já ocupei não se quantos cargos? Há quem seja eleito para governar o Povo e há quem seja eleito para servir o Povo. E o Povo sabe perfeitamente qual é o meu lugar.

Antigamente, a preocupação era angariar novos militantes, treiná-los, prepará-los e enviá-los para as eleições. Hoje... Olhem em vosso redor. Quem se interessa pelas Casas do Povo? Fala-se dos Prefeitos como quem fala de vagabundos que não interessam a ninguém. Já não existe aquele antigo objectivo de "conquistar" mais de metade das Casas do Povo para vencer as eleições Condais. A maioria dos Prefeitos são novatos completamente inexperientes que acabam por perder interesse, não fazer nada, ou estragar. E as pessoas pura e simplesmente não se interessam. Os novos deixaram de interessar, deixaram de receber a atenção que merecem. E como o critério se baseia apenas no nome, aquilo que vemos é sempre o mesmo. Entre um tipo que já foi Prefeito milhentas vezes e um novato... Quem acham que vai ser eleito? Deixou de haver espaço para os mais novos, deixou de haver a renovação de titulares dos tachos.

E o que dizer da nossa mentoragem? Há 2 anos que se perdeu grande qualidade. Foi quando começou a moda dos clones. Fomos invadidos por esses seres imprestáveis, a desconfiança passou a ser o prato do dia. Sempre que surgia um novo recém-nascido, faziam-se apostas em sussurros em como era um clone. Começou-se a negligenciar os recém-nascidos genuínos que estavam perdidos e iam desistindo. Desde esse tempo, a mentoragem nunca mais foi a mesma. Quem já cá está há 3 anos ou mais sabe que isto é verdade. A forma como se era recebido e acompanhado era totalmente diferente do que os mais novos receberam e ainda recebem. Digam o que disserem, façam o que fizerem, as coisas nunca mais vão voltar a ser as mesmas.

Todos nós chegamos a uma altura em que olhamos para o "estado de coisas" e procuramos saber se valeu a pena todo o esforço feito para melhorar esse mesmo "estado de coisas". E, como é sabido, o "estado de coisas" do ponto de vista de quem está nos corredores do poder, nem sempre é o mesmo "estado de coisas" do ponto de vista de quem está fora a assistir. Escusado será dizer que o segundo caso é mais genuíno. Retirei-me discretamente da política, tão discretamente que ainda há quem pense que sou Conselheiro ainda. Comecei a olhar para o "estado de coisas" e foi a esta conclusão que cheguei.

Este espaço foi criado numa tentativa de reavivar o debate público, um primeiro passo no sentido de voltarmos a ter política a sério. Infelizmente ainda só passaram 2 dias, ainda é muito cedo para colher resultados. Mas já noto alguma alteração. Notei que o que eu escrevo é efectivamente acompanhado e faz alguma diferença. Há pessoas que vêm ter comigo e dizem o que pensam, se concordam, se discordam, e tentei sempre encorajá-las a tecerem os comentários aqui, de forma a que mais pessoas também possam participar. Ainda estou crente que um dia vamos começar a ter debates interessantes.

O que escrevo aqui vai agradar a uns, desagradar a outros, e informar a maioria. É a vida, meus senhores. Mas decididamente o que escrevo não deveria desagradar a ninguém, já que não deveria haver "temas incómodos". Não é normal, nem saudável, para a nossa democracia. E com isto estou, naturalmente, a referir-me à minha última publicação intitulada de "Razia nas Minas de Lisboa". Momentos após esta publicação foi instalado um alvoroço total, houve quem ficasse surpreendido com o acontecimento, houve quem ficasse indignado por eu ser de Coimbra e estar a "intrometer-me" nos assuntos de Lisboa, houve quem apelidasse este espaço de "Nortadas Leaks", houve quem me acusasse de ter olhos dentro do Conselho de Lisboa, houve quem me acusasse de estar a atacar Lisboa. Enfim, houve de tudo um pouco, e devo dizer o seguinte: Não achei isso uma atitude correcta.

Pensei que não estivesse a contar novidade nenhuma, especialmente para Lisboa. E pelos vistos, a novidade não foi só para o povinho, foi também para alguns Conselheiros, pelo que deduzo que esta situação não estava efectivamente exposta no plenário do Conselho, caindo por terra a teoria de eu ter olhos dentro do Conselho. A pessoa que pediu a análise também não é do Conselho, portanto podem ficar descansados. Não sei se sou de Coimbra, Porto ou Lisboa, sei que sou Português, e parece-me ser mais que suficiente, não? Tudo o que eu referi aqui não é informação confidencial nenhuma, está estampado nos relatórios do IOM que por sua vez estão estampados no Gabinete Público dele. Qualquer pessoa pode fazer os cálculos que eu fiz, para isso basta saber o número de mineiros e o nível das minas. Não ataquei, não insultei, não ofendi, não apontei nomes, não atribuí culpas ou responsabilidades. Limitei-me a descrever o que se passou, apontei o que correu mal e referi a alternativa correcta. Aquilo é uma análise, não é um ataque, peço que o vejam como tal. Vejam-no também como uma oportunidade de fazer juz à célebre frase "Aprende com os teus erros".

Façam uma pausa para reflectir sobre isto. O que houve de errado? O que houve de errado? Poderia ficar a perguntar isto vezes e vezes sem conta até que se apercebam do que se está a passar, mas não há grande tempo. O que houve de errado? Não vêem nada de errado no facto de vários cidadãos e até alguns Conselheiros desconhecerem algo afecto ao seu Condado que nem é recente e já veio até do Conselho anterior? O que houve de errado? Não vêem nada de errado no facto de algo que é desconhecido a muitos estar estampado nos relatórios do IOM sem que ninguém se tenha apercebido? O que houve de errado? Não vêem nada de errado no facto de, quando alguém fala nesse assunto, a primeira coisa que vos passa pela cabeça é "Como o Nortadas soube?" em vez de "Como eu não soube?"? O que houve de errado? Não acham estranho que isto esteja a acontecer no Condado que é literalmente o berço da Transparência Política em Portugal? Vejam, o problema não está no facto de ter acontecido aquilo às Minas, mas sim no facto de quase ninguém ter consciência disso. Eu acho que há uma lição a tirar desta situação, e penso que se pode aproveitar para melhorar. Mas isso está nas vossas mãos.

Sim, isto é uma crítica. Porque uma crítica é uma função de comentário sobre um determinado tema com o propósito de dar a conhecer uma perspectiva não só descritiva, mas também de avaliação. Isso é uma crítica, meus senhores. Uma crítica é um comentário, é uma opinião. Há críticas positivas, há críticas negativas, há críticas construtivas, há críticas destrutivas. Mas, o que temos assistido nos últimos tempos, é que, cada vez mais, as pessoas usam a expressão "crítica" para se referirem especificamente a "críticas destrutivas". Quantas vezes já não ouvimos "Pára de criticar e apresenta soluções" e outras frases similares? Está-se a empregar aqui, de forma errada, a expressão "crítica", quando na verdade se pretende dizer "crítica destrutiva". E assim começaram a desaparecer as chamadas críticas construtivas, porque "criticar" passou a ser muito mal visto e quase proibido. Houve um uso desmedido das críticas destrutivas que mancharam o bom nome da crítica em si. E, como se ainda não bastasse, os receptores/visados das críticas têm uma enorme dificuldade em separar as críticas ao seu trabalho das críticas à sua pessoa e é raro quando não olham para elas como se fossem a mesma coisa. A expressão "críticas construtivas positivas" passou a ser substituída pela expressão "elogios" (e deixaram de ser construtivas, passaram a ser meras palavras ocas de concordância), porque se passou a entender as críticas ao trabalho como se fossem críticas à pessoa. E o mesmo aconteceu com as críticas construtivas negativas, que passaram a ser entendidas como insultos e tratadas da mesma forma que as críticas destrutivas. Aos poucos, as críticas construtivas negativas foram deixando de existir, e hoje em dia já só se vêem críticas destrutivas.

Gostava que isto voltasse a estar no vocabulário dos Portugueses e começasse a haver uma nova massa crítica responsável:

Crítica - Comentário; Opinião.
Crítica Construtiva - Visa criticar para evoluir e divide-se em dois tipos: positiva e negativa.
Crítica (Construtiva) Positiva - Visa reforçar e elogiar o que tem sido feito.
Crítica (Construtiva) Negativa - Visa corrigir e melhorar o que tem sido feito.
Crítica Destrutiva - Visa criticar para destruir.

Esta minha crítica é a chamada Crítica Negativa.

Um político não se pode dar ao luxo de ser orgulhoso - é contra-producente. Nós, os políticos, somos avaliados, não pelos erros que cometemos, mas sim pela forma com que os corrigimos e damos a volta por cima. Um sujeito que comete um erro e, mal se apercebe dele, o corrige, tem 7x mais probabilidades de receber a simpatia do Povo do que um sujeito que comete um erro, sorri e finge que está tudo bem porque não tem certas frutas/vegetais para se chegar à frente e corrigir a porcaria que fez. Cometeram um erro? Admitam-no, peçam desculpa e corrijam-no. Pode custar muito, pode até parecer que vos vai cair o mundo em cima ou que vai ser bastante humilhante, mas vão ter uma surpresa agradável.

Falei ontem com o IOM de Lisboa, Platy. Não posso dizer que ele me tenha agradecido por ter escrito o que escrevi. Pelos vistos tornou-se agora o centro das atenções, para o bem e para o mal. Nada pelo qual ele alguma vez me irá agradecer, mas há alguns aspectos que tenho que referir. Ele está consciente de que podia ter reagido de outra forma face ao problema que enfrentou - é bom, a maioria dos políticos pura e simplesmente continuaria a insistir que agiu bem; demonstra maturidade política. E não me virou as costas, que é também aquilo que a maioria faria no lugar dele - novamente, positivo; demonstra tolerância sobre divergência de opiniões. E, o mais importante, já se está a trabalhar num plano de recuperação - é o que interessa. Mostrei-me solidário e disponibilizei-me para ajudar no que for preciso, dentro de uns dias estarei em Lisboa e poderei auxiliar nas mobilizações para as minas. O passado já passou. Resta-nos agora construir o presente a pensar no futuro.

Como diria uma grande senhora por quem nutro grande respeito e admiração: "Quem trabalha muito, erra muito. Quem trabalha pouco, erra pouco. Quem não trabalha, não erra, e quem não erra, é promovido".

Não sei se isto é um desabafo, uma crítica ou uma reflexão. Às tantas é tudo ao mesmo tempo. Apenas espero que sirva de alguma coisa e que algo se mude na nossa sociedade, porque isto assim não vai muito longe.

Um bem-haja.


Ja agora: Sabem que estão à vontade para comentar, certo? Se concordam, têm o direito de o dizer. Se discordam, têm o direito E o dever de o dizer. ;)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Razia nas Minas de Lisboa

Na estreia deste glorioso espaço de análise e opinião, recebi uma carta de um cidadão de Lisboa preocupado com a situação inconstante das Minas do seu Condado e pediu que essa questão fosse analisada aqui.

As Minas de Lisboa, como muitos já devem saber, sofreram múltiplas quedas de estado, seguidas de quedas de nível e, inclusive, alguns desabamentos. Ao todo, registaram-se 17 quedas de nível (downgrades) e 3 desabamentos, que podem ser divididos em 3 períodos.


Primeiro período:

18 de Junho: Queda de estado em todas as Minas, excepto na Mina 4.
19 de Junho: Queda de nível na Mina 7.
20 de Junho: Queda de nível na Mina 5.
21 de Junho: Queda de nível na Mina 3.
22 de Junho: Queda de nível nas Minas 2, 6 e 7.
23 de Junho: Queda de nível nas Minas 1, 3 e 5.
24 de Junho: Queda de nível na Mina 6.
25 de Junho: Queda de nível na Mina 1.
26 de Junho: Queda de nível e desabamento na Mina 2.
27 de Junho: Queda de nível na Mina 1.
29 de Junho: Todas as Minas voltam ao estado Bom.

Segundo período:

2 de Julho: Queda de estado em todas as Minas.
3 de Julho: Queda de nível nas Minas 3 e 5 e desabamento na segunda.
4 de Julho: Desabamento na Mina 5.
10 de Julho: Todas as Minas voltam ao estado Bom.

Terceiro período:

11 de Julho: Queda de estado em todas as Minas, excepto na Mina 5.
12 de Julho: Queda de nível na Mina 4.
13 de Julho: Queda de nível na Mina 4.
14 de Julho: Todas as Minas voltam ao estado Bom, excepto a Mina 7.


Feitas as contas, os prejuízos gerados apenas pelas quedas de nível ascendem os 66.659,00 cruzados. No entanto, não é apenas esse o valor que deve ser contabilizado. A produtividade das Minas também foi drasticamente afectada e tão cedo não é recuperado. Ter Minas a funcionar é hoje mais caro e menos rentável para Lisboa, o que torna a sua recuperação muito mais lenta. Mas os prejuízos não se ficam por aqui, há ainda que contabilizar os milhares (ou, por ventura, dezenas de milhares) de cruzados em ferro e pedra usados nos chamados trabalhos urgentes, tendo em conta que, em vez de ser ordenado o imediato encerramento das Minas por 1 dia apenas, para que os trabalhos urgentes fossem gratuitos (abdicar-se-ia dos cerca de 900 cruzados de lucro desse dia) e fossem poupados dezenas de milhares cruzados, optou-se por deixar as Minas abertas e pagar os trabalhos urgentes na íntegra, sujeitando as Minas a eventuais quedas de nível - esta foi a decisão que condenou o Condado ao estado a que chegou.

Algumas definições para ajudar os leitores menos "especialistas" em matéria de Minas:


Trabalhos urgentes - Servem para aumentar o estado das Minas. Neste caso, serviria para o estado das Minas subir de Médio para Bom, impedindo assim qualquer queda de nível.
Fórmula: 3 x Manutenção Diária

Estado das Minas
- O estado de uma Mina apenas serve para determinar as probabilidades de a Mina descer de nível ou de desmoronar. Existem 3 estados: Bom, Médio e Perigoso. Quanto menor o estado, maior as probabilidades (em estado Bom, as probabilidades são nulas).

Nível das Minas
- O nível das Minas determina o custo de manutenção das Minas (calculado consoante o número de mineiros - X pedra e Y ferro por mineiro) e determina ainda a produtividade das Minas (também calculado consoante o número de mineiros - Z ouro/pedra/ferro por mineiro). Quanto maior o nível, maior a margem de lucro (diferença entre a receita e a despesa, sendo a receita superior), até ao chamado Nível Óptimo. A partir do Nível Óptimo, a situação inverte-se, quanto maior o nível, menor a margem de lucro.

Nível Óptimo
- É o nível onde a diferença entre a receita e a despesa é superior a todos os outros níveis, conseguindo-se assim a maior margem de lucro.

Melhoramento de Nível
ou Upgrade - É o procedimento usado para aumentar o nível de uma Mina. É extremamente caro.
Fórmula: 4 x Manutenção Diária com Mina cheia

Queda de Nível
ou Downgrade - Corresponde à descida do nível de uma Mina. Apenas acontece quando o estado da Mina é inferior a Bom.


Desde 7 de Junho até hoje, Lisboa lucrou 23.883,58 cruzados, proveniente das Minas (em ouro, ferro e pedra). Se as Minas tivessem sido encerradas por 1 dia e tivessem sido efectuados os trabalhos urgentes, admitindo 3 quedas de nível - um na Mina 7, outro na Mina 2 e outro na Mina 3 -, Lisboa teria lucrado 42.066,66 cruzados, uma diferença de 18.183,08 cruzados, mesmo com todos os dias de Minas fechadas, e teriam ainda sido evitados 14 quedas de nível, o que salvaria um total de 65.151,00 cruzados. Poderia ainda fazer uma estimativa de quanto não se ganhou devido ao encerramento das Minas, no entanto os valores já são suficientemente altos e já dá para se ter uma ideia.

Resumindo e concluindo, se tivesse havido uma reacção correcta e rápida face à descida de estado das Minas, Lisboa estaria, por esta altura, cerca de 85 mil cruzados (sem contabilizar o prejuízo dos trabalhos urgentes pagos) mais rica do que está neste momento.

O prognóstico de Lisboa para os próximos tempos não está muito sorridente. O lucro médio diário das Minas baixou de 900 cruzados para 150 cruzados. Uma descida muito acentuada que pode deitar a perder a tão desejada recuperação financeira e conduzir a dívida, novamente, no sentido negativo. Para já, isto é apenas uma especulação, mas o tempo revelará, a seu tempo, quais os reais impactos desta situação no futuro Lisboeta.

Fica por esclarecer a origem de todo este incidente. Das duas uma, ou foi desleixo do Intendente das Minas, que não efectuou as manutenções das Minas, ou foi um bug. Já foi assegurado em público que as manutenções foram efectuadas, no entanto, segundo consta, também ainda não foi reportado nenhum bug às autoridades competentes.

terça-feira, 26 de julho de 2011

O primeiro dia de mandato que nunca acerta no primeiro dia do mês!

Foi proposta a alteração do número 1 do Artigo 6.º dos Estatutos da RCJ, nomeadamente a retirada do excerto que define que "o mandato dos Juízes da Real Casa da Justiça (...) será iniciado sempre no primeiro dia do mês". Qual é a dificuldade desta norma? O mandato nunca começa ao primeiro dia do mês!

Mas será que o problema está na Lei, ou está em quem não aplica a Lei e não começa a preparar os novos Juízes 1 mês antes do término do mandato, deixando a questão para o último minuto?

A Lei não está a ser cumprida - a solução passa por revogar a Lei ou passa por meter na cabeça das pessoas que a têm de cumprir?

Será que a revogação da Lei soluciona alguma coisa, tendo em conta que o mandato é de 3 meses e, portanto, o mandato vai sempre começar no primeiro dia do mês a seguir ao último mês de mandato?

Não sei se o mandato começou a dia 1 de Julho ou começa a dia 1 de Agosto. Também há que reconhecer que não se perde muito se começar a dia 1 de Agosto, só faltam 5 dias. Mas é à escolha do freguês!